sexta-feira, janeiro 26, 2007

VER COM A ALMA...


O comportamento das pessoas é observado, analisado e condenado ou elogiado. O homem através da sua percepção externa, não sendo capaz de penetrar no âmago das coisas, julga somente pelas aparências. E é exatamente por isso que ele sofre, sente a dor de ser incompreendido. "Nada há mais insignificante que os atos de uma pessoa."
Jamais alguém demonstra por atos aquilo que está se realizando no seu mundo interior. E isso não significa que é de propósito, ou que queira iludir alguém. A própria pessoa que dá vasão ao seu estado de espírito não se dá conta de que suas atitudes são absolutamente diferentes do seu processo interno.
Poucas pessoas se interessam em observar esses fatos. Os homens se satisfazem com o que seus olhos e seus ouvidos materiais lhe transmitem. Não buscam o que está por trás dos atos, ou das causas que produziram o efeito, e então vão por aí, jogando fora coisas que poderiam ser úteis ao seu crescimento e guardando tudo o que perturba e faz sofrer.


Cenyra Pinto - do livro "Levanta-te e Anda.."

quinta-feira, janeiro 04, 2007

APRENDENDO A NÃO JULGAR





        Umas das tarefas mais difíceis e de aprendizado mais demorado para o nosso espírito é a de não julgar os outros e as suas atitudes. Julgamos externa e internamente as pessoas: como se vestem, como comem, como dormem, com quem se relacionam, como gastam seu dinheiro, como gastam o seu tempo, e temos sempre uma palavra sábia para consertar as suas vidas, de acordo, é claro, com o nosso ponto de vista. Devíamos saber que não vamos ajudar ninguém a melhorar algo que consideramos um mal, se não a aceitarmos, em primeiro lugar, do jeito que ela é. É preciso olhar a situação com "olhos de mãe", pois só uma mãe poderá ver todos os defeitos de seu filho e mesmo assim continuar a amá-lo. É preciso "chegar ao coração", com sinceridade, fraternidade, compreensão, humildade e, principalmente, sem nenhum preconceito. Não é fácil, não é? Então, para que possamos chegar a este ponto é necessário mudarmos nossos sentimentos em relação ao próximo; o trabalho é feito primeiro em nós mesmos, e quando adquirirmos aqueles sentimentos citados acima, estaremos aptos para estendermos a mão e a ajudarmos, realmente, aqueles que estiverem necessitando de conselhos ou de uma orientação.