sexta-feira, abril 26, 2013

DOCUMENTÁRIO SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL

            Excelente documentário sobre educação especial...

BORBOLETAS DE ZAGORSK



        Educadores russos ensinam crianças com deficiência auditiva e visual na cidade de Zagorsk, inspirados e baseados nas teorias do psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934).
                                             
Parte I

Parte II

Parte III
 
Parte IV

Parte V

Parte VI (Final)


quinta-feira, abril 11, 2013

PROJETO RADIOEDUCA-ESCOLA HORÁCIO PRATES


     A E.M.E.F. Horácio Prates participa do Projeto RADIOEDUCA, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação de Charqueadas. Este vídeo relata o processo de criação da Rádio HP e as atividades realizadas pela comunidade escolar.

segunda-feira, abril 08, 2013

N’algum lugar em que eu nunca estive - Somewhere I have never travelled, gladly beyond

 

por do sol no mar

N'algum lugar em que eu nunca estive

Nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além
de qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto

Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala como a primavera abre
(tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa

Ou se quiseres me ver fechado, eu e
minha vida nos fecharemos belamente, de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;

Nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder de tua imensa fragilidade: cuja textura
compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira

(Não sei dizer o que há em ti que fecha
e abre; só uma parte de mim compreende que a
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas.

E.E. Cummings, tradução: Augusto de Campus

Original

Somewhere I have never travelled, gladly beyond

Somewhere i have never travelled, gladly beyond
any experience, your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near

Your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully, mysteriously) her first rose

Or if your wish be to close me, i and
my life will shut very beautifully, suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;

Nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility: whose texture
compels me with the color of its countries,
rendering death and forever with each breathing

(i do not know what it is about you that closes
and opens; only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody, not even the rain, has such small hands.


Edward Estlin Cummings, usualmente abreviado como e. e. cummings, em minúsculas, como o poeta assinava e publicava, (Cambridge, Massachusetts, 14 de outubro de 1894 — North Conway, Nova Hampshire, 3 de setembro de 1962) foi poeta, pintor, ensaísta e dramaturgo americano. Tendo sido, principalmente, poeta, é considerado por Augusto de Campos um dos principais inovadores da linguagem da poesia e da literatura no século XX.

A poesia de vanguarda, a rejeição e a reabilitação

Cummings é conhecido do grande público pelo estilo não usual utilizado na maior parte de seus poemas, que incluem o uso não ortodoxo tanto das letras maiúsculas e minúsculas quanto da pontuação, com as quais, inesperadamente, de forma aparentemente errônea, para o leitor desavisado a ponto de não compreender a essência da própria linguagem verbal tal como captada pelo poeta, é capaz de interromper uma frase, ou mesmo palavras individualmente; explora fonemas individuais para chegar ao "microritmo". Desta forma, alguém poderia criticar o poeta como um "poeta para poetas", ou seja, um poeta que exige a leitura de um especialista. Após alguns esforços, porém, seus poemas mais inusuais são de leitura bastante simples e fluente. Muitos de seus poemas possuem, também, uma distribuição tipográfica não-linear. Através desta distribuição não-usual, aliada aos recursos anteriormente citados, é possível perceber de que forma a linguagem verbal se forma a partir do nosso inconsciente, resultando, porém, em um texto altamente objetivo, ao mesmo tempo que expressivo.

O primeiro livro de cummings é publicado em 1923, quando o Surrealismo começa a delinear-se como a vanguarda predominante. Preocupados basicamente em desenvolver uma revolução do conteúdo, os surrealistas se afastam da revolução estrutural das primeiras décadas do século XX. Cummings, no entanto, segue em outra direção, aprofundando o legado destas últimas de forma mais "construtivista", tal como o fizeram o cubismo e Kurt Schwitters.

Ainda assim, nos anos seguintes cummings teve muita dificuldade em atingir publicação de seus poemas, sofrendo os seus poemas mais inovadores muita rejeição nos EUA, mesmo de críticos que o admiravam em parte, como T.S. Eliot. A partir da década de 1950 começa, de forma gradual, a reabilitação do poeta, tendo, possivelmente, sido influenciada pela movimento da poesia concreta, que obteve grande repercussão mundial e o citava como um dos seus precursores.

Apesar da afinidade de cummings com as antigas vanguardas "positivas" do início do século XX e de sua tipografia não usual, parte de seu trabalho é mais tradicional, em verso livre ou poesia em prosa, apresentando, inclusive, poemas em formato desoneto. Seus poemas com frequência tem como pano de fundo o amor e a natureza. Muitos exploram como tema, de forma irônica, o relacionamento do indivíduo com as massas e com o mundo, a crítica aos sistemas político e econômico ocidentais, o conservadorismo (principalmente político) e ao progresso meramente tecnológico.

Durante sua vida ele publicou mais de 900 poemas, duas novelas, diversos ensaios e também inúmeros desenhos, sketches e pinturas. É lembrado como uma das vozes mais importantes da literatura do século XX.

Entre outros elogios, Ezra Pound disse que não houve na história nenhum tradutor melhor de Catulo para o inglês, o que necessitaria, naturalmente, grande habilidade poética.

REFERÊNCIAS:

domingo, abril 07, 2013

Pintura realizada em 08/07/1984

" Às vezes canto por cantar, às vezes danço por dançar, às vezes escrevo só para desabafar, e às vezes pinto por pintar (sem nenhum dom ou talento), porque a ARTE é o que sai de dentro, a manifestação mais pura das nossas emoções...e se sai de dentro, LIMPA...e se limpa, CURA...e se cura, TRANSFORMA..."   (Luza Mai)

O 1º desenho foi em 08/07/84 e a pintura em 28/12/03 - Luza Mai
           Pintado em 08/07/84


   Sempre gostei de desenhar e de pintar, mas nunca me dediquei à pintura como ao desenho. Esta pintura nasceu da necessidade de concretizar um desenho que gostava de rabiscar em papéis desde criança. 

    É uma cabeça humana …   

  É a representação simbólica da alma humana e de sua atividade para a "Iluminação." Em lugar dos cabelos, ESTRELAS, iluminando a mente e os pensamentos; a íris e a pupila dos olhos são substituídas pela LUZ das estrelas, o “espelho da alma”; as LÁGRIMAS representam as dores que a alma deve enfrentar no mundo terreno; o nariz é representado por uma CAVERNA, onde residem todos os mistérios e obscuridades da personalidade humana, que devem vir à tona, para que sejam iluminados pelos dois SOIS, que ficam nas laterais, tentando penetrar na CAVERNA;  a  ESCADA representa a boca (alimento): é o CAMINHO que tem que ser percorrido para chegar à CAVERNA; o FOGO representa o começo de tudo, o princípio criativo que nos impulsiona à evolução.
(PS: O quadro foi pintado em 8/07/84 e essa interpretação foi escrita há pouco tempo, quando tentava dar um significado para o que desenhava há tanto tempo...as pinturas são livres para serem sentidas e interpretadas de acordo com o espectador). 
                                                       Luza Mai / 2013